"Do
sonho à realidade" |
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Falamos de um prédio pombalino com características arquitectónicas próprias do tempo, onde imperam estruturas de andares superiores suportadas por paredes dos pisos inferiores e que se constituem por tabiques e gaiolas pombalinas essencialmente em madeira. Este trabalho foi feito num segundo andar. À partida existiam vários pontos de fragilidade que era necessário ter em conta, uma vez que o andar tinha sido submetido a algumas operações de risco, especialmente as que constituem na retirada de paredes e outros suportes do pavimento do andar superior que, na altura da intervenção, se encontrava assente em improvisadas vigas de madeira e algumas tábuas de andaime. Houve portanto necessidade de garantir alguma segurança através da aplicação de prumos metálicos e outras estruturas de reforço que vieram a permitir a execução dos primeiros passos da obra. Foram redimensionadas as divisões e construídas novas paredes no interior da casa. As redes: eléctricas, de água e de esgotos, substituídas e instaladas segundo os preceitos requeridos pela legislação em vigor e finalmente executados os acabamentos e pinturas. Ao iniciarmos este trabalho deparámos com um segundo andar - esquerdo/direito - que se apresentava em completo open-space, por lhe terem sido suprimidos os elementos de divisão. Estes elementos comportam, neste tipo de construção, o papel de suporte dos pisos superiores e a sua ausência fazia perigar todo o edifício. Os danos e as patologias existentes eram tão graves que a Companhia de Seguros recusou a efectivação de um seguro de responsabilidade civil específico para a obra. Aceitámos o desafio e a obra teve como suporte o seguro geral da empresa. Criámos uma estrutura de maior resistência, à base de prumos metálicos para suporte dos pisos superiores, de forma a que a execução dos trabalhos pudesse decorrer com menor risco e em segurança. Em seguida procedeu-se a sondagens nas paredes ainda existentes, conjuntamente com a elaboração de uma planta de localização das paredes dos pisos imediatamente adjacentes, para avaliar a localização das linhas de força que garantiam a segurança do edifício para melhor se poder definir a forma de individualizar espaços no segundo andar. Um dos pontos importantes recolhidos foi a necessidade de o tecto da sala ser executado de forma a descarregar o seu peso nas paredes de limitação sem qualquer tipo de apoio na zona central facto que veio a ser realizado permitindo dessa forma uma zona ampla na sala de jantar. Limparam-se entulhos e lixos para aliviar pesos desnecessários e facilitar a execução do trabalho. |
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Revista "Bricolage e Decoração" - Fotógrafos, Sara Matos e David Aço |
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