Tendo como
objectivo obter satisfação e enriquecimento pessoal, através
do desenvolvimento de acções que respeitam os volumes e
as técnicas tradicionais de construção, embora higienizando
e recompartimentando as velhas casas degradadas e destelhadas, mostrando
às pessoas que é possível viverem dentro do mesmo
espaço que os seus antepassados em condições compatíveis
com o desenvolvimento da vida quotidiana, mostrando-lhes que a arquitectura
popular é mais bela, mais simples e mais integrada no ambiente
e, ainda por cima, mais económica.
Recriar
uma habitação velha, partindo da sua traça inicial
é uma trabalho compensador e extremamente gratificante. Ele permite
construir o futuro sem desprezar as promessas deixadas pelo passado.
Pegámos
numa casa arruinada da região de Beja e transformá-mo-la.
A nossa primeira preocupação foi fazer uma triagem cuidada dos
sintomas que a velha construção apresentava. O nosso diagnóstico
foi o seguinte:
O edifício apresentava várias
e diversas patologias nos estuques e madeiras de interiores, derivadas
das infiltrações provocadas pelo mau estado da cobertura
e por humidades ascendentes por capilaridade ao nível dos paramentos
da cave e do R/Chão.
A maioria das madeira dos vãos exteriores
apresentavam apodrecimento devido à sua exposição
ao meio ambiente.
As redes de água, esgoto, gás
e electricidade encontravam-se obsoletas e em mau estado de conservação.
Em questões de arquitectura, os vários
tipos de materiais empregues, evidenciavam as diferentes épocas
em que a edificação sofreu remodelações.
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