Durante a recuperação
foi utilizada a argamassa tradicionalmente à base de cal de cor
amarelada, feita de forma bem diferente do cimento que hoje se usa. O
pilar de estrutura da casa foi forrado a tijolo-burro de fabrico artesanal
e a bancada recebeu um novo lavatório de pedra envelhecida propositadamente.
Vista de fora, a moradia unifamiliar de dois pisos tem traçado
moderno, de linhas rectas.
Encontraram-se alguns
problemas relacionados com o nível freático na zona. Como
isso obrigava a criar estruturas e esgotos que desviassem a água,
toda a canalização foi refeita. O cliente pretendia um lugar
para lavar alguns utensíílios de cozinha e camuflar a máquina
de lavar louça . Tornou-se necessário que a parede de betão
junto à porta retrocedesse, no sentido da casa de banho existente
do outro lado. Verificou-se então que a parede era de betão
e não de alvenaria, como se pensava, surgindo um novo problema, cuja
resolução exigiu algum engenho e arte demorando mais algum
tempo. |
Uma antiga adega foi convertida, respeitando materiais e métodos
construtivos tradicionais, num espaço de convívio em ambiente
rústico.
A zona da adega, na cave, era um ambiente
frio, muito pouco adaptado a um espaço de convívio. Mas
o proprietário, um industrial cuja família habita diariamente
esta casa, sentia saudades de um tempo passado na província e quis
reinventá-lo. À imagem daquelas reuniões onde os
homens se encontram para conversar de tudo, enquanto testam o sabor dos
petiscos e do vinho, readaptou a adega, transformando-a num espaço
de lazer, com ambiente rústico. E, assim, algo do espírito
da província foi transposto para uma casa situada não longe
da capital.
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