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Aspecto do pavimento após a remodelação
A intervenção
pedida para esta capela foi a substituição do pavimento do
coro que se encontrava muito degradado não oferecendo segurança
na sua utilização.
Depois de uma primeira avaliação
no local e após a remoção do revestimento degradado
foi possível diagnosticar várias patologias causadas por microorganismos
e xilófagos que haviam danificado não só o revestimento
do piso como toda a estrutura de suporte que lhe era anexa e que se encontrava
completamente apodrecida.
Em face da situação encontrada propôs-se uma intervenção
mais ampla de forma a poder eliminar todos os elementos de revestimento
e estruturais que se encontravam atacados, nomeadamente o suporte do piso
e tecto falso, incluindo a viga central de apoio.
Antes
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Depois
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A igreja havia sido submetida recentemente
a uma obra de restauro nos seus frescos marmoreados, tendo sido inclusivamente
descoberta a pintura de uma porta falsa, (SA7) antiquíssima, que
se encontrava coberta por várias camadas de tinta, pelo que a intervenção
teria de ser muito cuidadosa de forma a não danificar tão
minucioso restauro, o que se consegui em pleno.
Neste trabalho respeitou-se escrupulosamente o material originalmente utilizado
na construção ou seja madeira de casquinha; houve também
a preocupação em reproduzir os moldados pré existentes
tentando cópias o mais fiéis possíveis de forma a que
a intervenção não desvirtuasse o conjunto.
Ermida de Santo Amaro de Oeiras
Antes |
Depois |
Recuperação
e restauro de uma peça única de arquitectura daquela que no
dizer de um autor anónimo do século XIX era "uma ermida
dedicada a Santo Amaro, situada num alto monte sobranceiro ao mar que fica
a sul do lugar de Oeiras. Esta ermida muito frequentada de romeiros que
pelo ano vinham orar ao Santo para por ele obterem as melhoras das suas
enfermidades e dos milagres que alcançavam e ali deixavam memórias
de agradecidos, no retábulo do seu altar, e por isso havia fama de
muito milagroso. El-Rei D. Manuel (I) achando-se enfermo das pernas, veio
algumas vezes visitar o Santo nesta sua ermida, e depois de fazer sua oração
comprazia-se muito da bela vista do mar, que dali desfrutava
E para
construção da referida ermida, como ela era um terreno de
Sua Alteza, pediam mais, lhe fizesse a mercê doar à dita ermida
aquele rocio de envolta dela, que nada mais continha do que penedia, da
qual se podiam utilizar para a referida construção. E sendo-lhe
concedida a sua petição, logo começaram a edificar
a nova ermida no mesmo local da antiga de Santo Amaro, que sempre conservou
o nome de Santo Amaro, não só a Ermida mas também o
sítio".
Em
resultado da aplicação de madeiras novas (casquinhas e outras),
cujos tons naturais são absolutamente diferentes dos antigos, em
resultado do envelhecimento natural, houve necessidade de se recorrer à
aplicação de uma velatura de escurecimento para as aproximar
à cor.
Um outro ponto que mereceu uma atenção redobrada foi o provocado
pela necessidade de manter na sua posição a guarda de madeira
do coro durante os trabalhos de reparação.
Precavendo alguma possível contaminação nos espaços
circundantes e adjacentes àqueles que foram objecto deste trabalho
houve a preocupação de proceder a um tratamento profundo,
até onde foi possível alcançar, de todas as madeiras
existentes e novas, com produtos xilófagos.
O pavimento depois de colocado foi afagado à máquina e envernizado
com verniz mate. Terminámos esta intervenção retocando
as pinturas nos pontos onde não foi possível evitar a sua
danificação.
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