"As antiguidades são o único campo
em que o passado ainda tem futuro"


N
uma primeira fase, em que o trabalho é sempre delicado, há que remover todo o revestimento existente na cobertura, de forma a que possa ser reaproveitado na reconstrução. Para tal essa remoção é feita manualmente, em seguida, a telha é escolhida, limpa e arrumada.


 


Passa-se então à fase de remoção das argamassas desagregadas e em desagregação até à pedra, a fim de se verificar o aparelhamento existente e o seu estado de conservação. As cedências e deficiências detectadas foram corrigidas mas sempre com o mesmo princípio construtivo. Importa referir que, nesta altura, foi detectado um abalo de cerca de 40 cm na parede do lado sul, abalo esse provocado pelo peso da cobertura, a chamada: fluência da cobertura. Essa parede teve que ser removida em parte, para ser reconstruída, novamente, com o mesmo processo construtivo e na posição corrigida.


Utilização de dois tipos de argamassas, a de cal para as paredes de pedra argamassada antiga e as de cimento para os novos elementos de alvenaria de tijolo furado e betão.
Em reabilitação deverá ser respeitado sempre o processo construtivo anterior, perigando-se o aparecimento de patologias inopinadas e graves.

Para o trabalho de reaplicação das telhas removidas, na execução da nova cobertura, utilizamos a chapa de fibrocimento, para servir de base de assentamento à telha de barro e de subtelha, contra infiltrações e como parte do isolamento térmico. As cantarias utilizadas nos novos vãos, são cantarias recuperadas de uma demolição e aqui reaproveitadas. Sempre com o princípio: "Nada se consome, tudo se transforma."













 

 

Revista "Casas de Portugal" - Fotógrafo Nuno Martinho

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