Reassentamento de azulejos antigos


Estas peças presumivelmente datadas dos finais do século 17, foram atempadamente removidas de um lambril decorativo de uma escadaria, de um dos muitos edifícios antigos demolidos em Lisboa.

A remoção deste tipo de azulejos para que se possa reaproveitar, obedece a um conjunto de técnicas, que pela sua complexidade, aconselha-se a ser efectuado por técnicos qualificados, por forma a se evitar acidentes e irreversíveis. Este tipo de azulejos a pesar de muitas vezes apresentarem algumas patologias, é perfeitamente possíível a sua remoção, restauro e recuperação, sendo esta de maior ou menor dificuldade, dependendo do tipo de suporte e da respectiva argamassa de assentamento. Desta forma torna-se possível a sua reaplicação no mesmo, ou noutro local bem diferente, mas nunca deixando de cumprir a sua função.

Neste caso, reaproveitamos este painel de azulejos para a decoração de uma sala de jantar de um edifício pombalino que restauramos em Lisboa. Após os cálculos das novas áreas a revestir, chegamos à conclusão que eram insuficientes e tornava-se necessário produzir novos, de chacota e forma semelhantes aos originais, mas nunca desprezando o estipulado e acordado na Carta de Veneza.

Pormenores da limpeza das argamassas do tardoz dos azulejos após a sua remoção. Esta operação, devido à fragilidade das peças deverà ser efectuada com bastante empenho e pacientemente por forma que se consiga obter a chacota limpa de argamassas secas e impeditivas do seu reassentamento.

 

Numa segunda fase, torne-se necessário acondicionar as peças entretanto removidas e limpas, para o efeito são construídas caixas de madeira adaptadas ao tipo de azulejo, conferindo-lhes arrumação e segurança. Evitando assim folgas, que possibilitem vibrações e por conseguinte danos no vidrado e ao nível da chacota.




























   
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